Para Platão, a linguagem é um pharmakon, um remédio, um veneno, umcosmético. Fármaco surge como remédio do imaginário, venenoplurissignificativo do sentimento e cosmético do sentido telúrico e da memória. Tempo e acção determinam a leitura crítica das três secçõesque compõem o livro: «O selvagem peso do gesto», «Pharmakon» e«Sombra». Todas entroncam no Fármaco que age sobre o sonho e ossentidos da memória.