S. O. S. Africa (en Portugués)
Reseña del libro "S. O. S. Africa (en Portugués)"
S. O. S. ÁFRICA é um livro que apresenta a crise africana com invulgar objetividade e crueza. A vivência e conhecimento das realidades, aliada a longos anos de estudo e de investigação, e o espírito crítico do autor, refletem-se nesta obra. S. O. S. ÁFRICA analisa a crise do continente referindo não só os sintomas que a caracterizam, mas apresenta aquelas que são, na opinião do autor, as suas verdadeiras causas: a conjugação de fatores internos e externos, económicos e não económicos, integrados e subordinados a interesses políticos, estratégicos e económicos que ultrapassam as escalas nacionais e que são definidos sem intervenção dos estados. O autor destaca as (des)funcionalidades entre as sociedades africanas com o resto do mundo no quadro de uma constante reconfiguração da divisão internacional do trabalho e das relações internacionais, que reproduzem os laços de dependência e aprofundam constantemente a crise das sociedades. Afirma que existem elementos de conflito intrínsecos às sociedades e que compete aos africanos encontrar os equilíbrios na perspectiva de garantir a longo prazo a construção das nações, principal desafio africano do século XXI. Na opinião do autor, só será possível a saída da crise se forem realizadas mudanças fundamentais nas políticas, tanto dos países desenvolvidos como em desenvolvimento, nas relações internacionais e com novas atitudes da comunidade internacional e da sociedade civil. Refere que a manutenção da crise de baixa intensidade pode ser uma estratégia para a África, porque duvida do interesse no desenvolvimento do continente mas que, por outro lado, as situações graves de pobreza e de fome incomodam os poderes e a opinião pública dos países desenvolvidos. S. O. S. ÁFRICA é não só um livro que fornece dados atualizados sobre as sociedades e economias africanas como apresenta reflexões de forma pouco comum, o que resulta das vivências e do conhecimento do autor. É um livro que não deixa o leitor indiferente. João Mosca, na[...]
